Agronegócio
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Saiba quais cuidados você deve tomar na hora de armazenar comida no silo

Com previsões de um inverno seco e frio e carência de pasto, alguns produtores investem no armazenamento de comida no silo (silagem) como estratégia alimentar. Quando bem realizada, ela tem valor nutritivo próximo ao da forragem verde. Segundo o zootecnista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Haroldo Pires de Queiroz;

– É muito comum o produtor se preocupar somente no momento de encher o silo. Ele fez a silagem e está tudo certo, mas não. A silagem é um material frágil, do momento em que é o silo é aberto até servi-la pode haver deterioração e precisamos ter certos cuidados para servir um alimento de qualidade.

Queiroz elencou alguns procedimentos que os produtores devem fazer na hora de abrir o silo. Confira:

• Abrir o silo somente 30 dias após o fechamento. A silagem está pronta depois de completar o processo de fermentação, que leva em torno de três semanas e, por segurança, abre-se em um mês. Antes disso, ela apodrece.

• Retirar a silagem somente na hora de servir. Ao abrir o silo e expô-lo ao ar há uma explosão de microorganismos, havendo uma refermentação da massa ensilada perdendo o valor energético.

• A fatia deve ser retirada diariamente, ter no mínimo 15 cm e corresponder a toda a face do silo, de um lado a outro, e o silo tem que ser projetado para facilitar a operação e considerar o número de animais a serem alimentados no dia.

• Retirar a silagem de cima para baixo para evitar desmoronamento. Muitas vezes, o alimento é retirado de baixo para cima e o volume, além dos 15 cm que sair da proteção da massa ensilada, se não for consumido, está descartado pela excessiva exposição.

• Proteger a abertura do sol e da chuva. O sol acelera o processo de respiração das bactérias. A chuva também lava os nutrientes solúveis, deixando somente fibra.

• Monitorar a matéria seca (MS) semanalmente. A matéria seca determina a quantidade de massa que o animal pode consumir. Semanalmente a matéria seca pode variar entre 25% e 35%. A ingestão do animal é por quilo de matéria seca, de 1,5 a 3% do peso vivo, misturando silagem e ração

Fonte:CanalRural

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