Agronegócio
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Boletim Agronegócio.net – Índices de terça-feira, 18 de março 2014

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta terça-feira, 18 de março 2014.

Açúcar

As cotações do açúcar cristal seguem firmes no mercado spot paulista. Entre 10 e 17 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor ICUMSA entre 130 e 180, teve ligeira queda de 0,63%, fechando a R$ 51,66/saca de 50 kg nessa segunda-feira, 17. Segundo pesquisadores do Cepea, o volume de cristal negociado segue restrito devido à entressafra de cana-de-açúcar no Centro-Sul do Brasil. Algumas poucas usinas já começam a moagem para, num primeiro momento, priorizar a produção de etanol e aproveitar o bom cenário do combustível – cotações em alta e melhor escoamento. Compradores, por sua vez, relatam dificuldade em adquirir açúcar cor ICUMSA até 150 no spot, visto que as usinas têm priorizado atender os contratos pré-fixados.

Etanol

Enquanto os preços do etanol hidratado permaneceram praticamente estáveis na última semana, os do anidro subiram com mais força, impulsionados pela maior demanda. Pesquisadores do Cepea indicam que a perda de competitividade do hidratado frente à gasolina nas bombas faz com que alguns consumidores migrem para a gasolina, elevando a demanda pelo anidro (misturado em 25% ao combustível fóssil). Entre 10 e 14 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do anidro (estado de São Paulo) foi de R$ 1,5884/litro, alta de 2,5% em relação à semana anterior. Para o hidratado, o Indicador foi de R$ 1,4305/litro, leve queda de 0,4% na mesma comparação.

Mandioca

A demanda por mandioca esteve mais aquecida na última semana, principalmente por parte da indústria de fécula que tem expectativa de melhora na comercialização nos próximos meses. Diante disso, houve maior disputa por matéria-prima, o que não acontecia desde meados de outubro/13, cenário que estabilizou as cotações. Pesquisadores do Cepea ressaltam que os valores da raiz estavam em queda desde dezembro do ano passado, após o produto ter se valorizado expressivamente no correr de 2013. As baixas se intensificaram no primeiro bimestre deste ano, com recuo médio de 10%. Em relação à oferta atual, com os preços caindo e o baixo rendimento de amido, muitos produtores consultados pelo Cepea reduziram o ritmo de colheita. Além disso, as chuvas em algumas regiões também limitaram o avanço dos trabalhos e a disponibilidade de raízes com mais de um ciclo e meio vem se reduzindo.

Ovos

A baixa oferta e a demanda aquecida vêm resultando em novos aumentos de preços dos ovos. Segundo agentes consultados pelo Cepea, além do período de Quaresma, as altas de outros alimentos, como hortaliças e carnes, têm elevado a demanda por ovos. Do lado da oferta, o volume segue bastante restrito, considerando-se todos os tamanhos de ovos. De 7 a 14 de março, a cotação média do tipo extra, branco, colocado na Grande São Paulo, subiu 8,8%, com a caixa com 30 dúzias passando para R$ 72,95 nessa sexta-feira, 14. Para o ovo tipo extra, branco, a retirar em Bastos (SP), houve forte valorização de 11,2% em sete dias, com média de R$ 69,10/cx na sexta. No caso do ovo tipo extra, vermelho, o valor do produto entregue na Grande SP aumentou 4,1% em sete dias, para R$ 91,43 na sexta-feira. O preço do ovo vermelho a retirar na região de Bastos subiu 6,4% em sete dias, com a caixa a R$ 86,60 na sexta, 14.

Soja

As negociações de soja e derivados têm ocorrido de forma mais lenta no Brasil e no mercado externo. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores estão retraídos para negociações de pronta entrega, apostando na estocagem e na venda a preços maiores nas próximas semanas. A necessidade de “fazer caixa” para pagamento das despesas de custeio, no entanto, pode influenciar o mercado interno. Dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgados na segunda-feira, 10, indicam que o Brasil deve produzir 88,5 milhões de toneladas de soja na safra 2013/14, queda de 1,7% no comparativo com a estimativa de fevereiro, mas ainda 7,9% acima da quantidade da temporada anterior. Já de acordo com a Conab, a oferta nacional seria de 85,4 milhões de toneladas. Apesar de ainda ser 4,8% maior que da temporada anterior e um recorde, já será inferior à dos Estados Unidos, deixando de alcançar a posição de maior produtor mundial.

Fonte:Cepea

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