Tião Carreiro e Pardinho
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O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

Olá amigos do Sertanejo Oficial e amantes da música sertaneja, o mês de outubro ficará marcado para sempre na nossa memória, isso porque foi o mês onde nos despedimos para sempre do grande Tião Carreiro.

No ano de 2015, completamos 22 anos sem o grande Tião Carreiro. Vamos saber um pouco mais como foi a vida desse mestre dos violeiros.

O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

Foto: Divulgação

O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

José Dias Nunes, o lendário Tião Carreiro, nasceu em Montes Claros, Minas Gerais no dia 13 de dezembro de 1932. Ainda criança veio para o interior paulista onde viveu com a família em Valparaíso (SP), na região de Araçatuba.

Aprendeu a tocar viola na adolescência, praticamente sozinho, sem nunca ter tido um professor e na década de 50, aos 13 anos de idade, iniciou a carreira no Circo Giglio, onde cantava em dupla com seu primo Waldomiro.

Reza a lenda que, o dono do circo dizia que “dupla de violeiros tinha que tocar viola” enquanto que na época, Tião tocava violão, contudo, no mesmo ano, o circo apresentava a dupla Tonico e Tinoco como atração principal e, enquanto os irmãos estavam no hotel, Tinoco havia deixado sua viola no circo e Tião aproveitou para “decorar a afinação escondido”.

Depois do circo, Tião Carreiro participou de vários programas na Rádio Cultura de Araçatuba. Antes de ser chamado de Tião Carreiro, José Dias Nunes, havia se apresentado como Zezinho, junto com Lenço Verde e Palmeirinha com Tietêzinho. Também adotou os nomes de Zé Mineiro e João Carreiro, para depois virar o grande Tião Carreiro.

O nome Tião Carreiro veio em definitivo no ano de 1957 sugerido pelo compositor e produtor Teddy Vieira.

Além da belíssima e inesquecível dupla com Pardinho, Tião Carreiro também fez parceira com Carreirinho, Paraíso e Praiano.

O Pagode Sertanejo foi criado por Tião Carreiro, quando batendo nas cordas de sua viola, conseguiu fazer a junção com o violão, os compositores Lourival dos Santos e Teddy Vieira ouviram o novo ritmo, disseram parece um pagode e assim ficou registrado transformando para sempre Tião Carreiro em Rei do Pagode e da Viola.

Acompanhe abaixo uma violada com dois mestres da viola, Almir Sater e o lendário Tião Carreiro

O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

Foto: Reprodução

Tião Carreiro, com seu carisma e talento, exercia uma magia sobre as pessoas, tendo conquistado um publico fiel, que mesmo após 21 anos de sua morte continuam cultuando o ídolo.

O lendário Tião Carreiro tinha um carisma especial pelos fãs, era atencioso com eles, apesar de sisudo, possuía uma doçura embaixo da aparência carrancuda.

Aonde chegava era rodeado de pessoas que se encantavam com seu jeito autêntico de ser, sua humildade, suas histórias cômicas, folclóricas, exagerando nas coisas propositalmente. Adorava assistir corridas de cavalos, se vestia bem, usava joias, bons perfumes e bons carros.

Não bebia como todos dizem muito pelo contrário, guardava os whiskes e cachaças que ganhava e formou uma coleção de bebidas que gostava de mostrar aos amigos.

O lendário Tião Carreiro, 22 anos sem o mestre da viola!

Foto: Reprodução

Muitas homenagens foram e continuam sendo feitas para o gigante Tião Carreiro que inspirou e continua influenciando violeiros e cantadores de várias gerações.

Em Pardinho-SP é realizado todos os anos o FESMURP, Festival de Música Raiz de Pardinho, que na sua 6º edição homenageou o grande violeiro Tião Carreiro.

No início do ano, a viúva do cantor, dona Nair Avanço Dias, sua filha Alexmarli Dias e o neto Renan Rodrigues da Silva subiram ao palco do 13ª edição do Encontro Nacional de Violeiros de Poxoréu para receber uma justa homenagem.

Mais recente, o violeiro foi homenageado pelos vereadores de Goiânia (GO) com a criação da Medalha Tião carreiro que, segundo a autora do projeto, visa valorizar a cultura sertaneja.

Como percebemos acima, Tião Carreiro está fazendo mais sucesso hoje do que em seu tempo. Infelizmente as pessoas só dão valorizam quem tem importância quando já não tem mais, mas como já dizia o grande violeiro:

“Morre o homem e fica a fama, e minha fama dá trabalho” (Tião Carreiro).

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