Agronegócio
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Boletim Agronegócio.net – Índices de terça-feira, 02 de abril 2014

 Confira os índices do Boletim Agronegócio.net desta terça-feira, 02 de abril 2014.

 Açúcar

Mesmo com o início da moagem da cana em algumas usinas da região Centro-Sul ainda em março – a safra 2014/15 começa oficialmente neste mês de abril –, a oferta de açúcar segue restrita e os preços se mantêm firmes do spot paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, a maioria das unidades tem privilegiado a produção de etanol, visto que o produto está valorizado e tem proporcionado maior liquidez. Apesar da preferência pelo combustível, algumas unidades já têm parte da cana colhida destinada à produção de açúcar, mas a maior parte corresponde a padrões de cor Icumsa acima de 180. Dessa forma, as cotações do padrão considerado no Indicador CEPEA/ESALQ (Icumsa 130 a 180) seguem praticamente estáveis no mercado paulista, com os preços internacionais também dando certa sustentação. Na segunda-feira, 31, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor Icumsa entre 130 e 180, fechou a R$ 51,86/saca de 50 kg, ligeira baixa de 0,3% em relação à segunda anterior, 24. Em março, o Indicador subiu 0,72%.

Algodão

A comercialização de algodão em pluma segue lenta desde fevereiro com indústrias demonstrando baixo interesse de compra, especialmente para as entregas imediatas. De acordo com pesquisadores do Cepea, parte dos cotonicultores e comerciantes, diante da necessidade de “fazer caixa”, cede quanto aos valores pedidos, pressionando o valor da pluma. Em março, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias recuou 3,66%, fechando a R$ 2,1566/lp na segunda-feira, 31. A média mensal foi 3% inferior à de fevereiro/14, mas ainda superou em 7,6% à de março/13.

Arroz

Com a prioridade na colheita, poucos orizicultores ofertam lotes de arroz e, com isso, o preço do casca está firme. Outros produtores preferem vender a soja e o boi para “fazer caixa”, em detrimento do cereal. Ainda há aqueles que afirmam ter acesso ao EGF (Empréstimo do Governo Federal), sem necessidade de venda imediata. Segundo pesquisadores do Cepea, muitos ainda estão preocupados com a qualidade do grão colhido, devido à instabilidade climática desde o plantio no Rio Grande do Sul. Neste cenário de baixa oferta em pleno período de colheita, indústrias gaúchas precisam pagar valor ligeiramente maior pelos lotes de arroz da nova safra. Entre 25 de março e 1º de abril, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBOVESPA (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) subiu 0,8%, fechando a R$ 34,01/sc de 50 kg na segunda-feira, 1º. Mesmo assim, em março, o Indicador acumulou queda de 1,28%.

Etanol

Os preços dos etanóis hidratado e anidro caíram na última semana no mercado paulista. No caso do hidratado, pesquisadores do Cepea indicam que a proximidade do início oficial da safra 2014/15 e o baixo interesse de compras pressionaram o valor do combustível. Algumas distribuidoras têm adquirido somente o necessário para atender a demanda pontual, até porque a paridade entre o etanol e a gasolina segue vantajosa para o combustível fóssil. Entre 24 e 28 de março, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) foi de R$ 1,3881/litro, queda de 2,53% frente à semana anterior. Para o anidro, o Indicador foi de R$ 1,5792/litro, baixa de 1,16% na mesma comparação. Em março, último mês de entressafra em São Paulo, os preços fecharam em alta. No caso do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado, a média foi de R$ 1,4195/litro no mês, elevação de 3,7% frente à média de fevereiro. Em relação ao anidro, o Indicador de março foi de R$ 1,6102/litro, aumento de 5,9% sobre o anterior.

Trigo

As cotações do trigo seguem firmes no mercado brasileiro, com agentes atentos ao clima para início do cultivo da nova safra. Na semana passada, o governo federal divulgou o preço mínimo do cereal para a próxima safra, de R$ 557,50/t (R$ 33,45/sc de 60 kg), elevação de apenas 5% em relação à temporada anterior. Apesar de agentes consultados pelo Cepea informarem que o valor está abaixo do esperado, os preços firmes desde o final de 2012 favoreceram o aumento da produção brasileira. Há sinalização de elevação de 23% na área do Paraná e de 10% na do Rio Grande do Sul. A produção paranaense, segundo o Deral/Seab, poderá ter expressiva elevação de 98% (3,6 milhões de toneladas). Em termos de preços no mercado spot, as cotações de trigo no mercado de balcão (pago ao produtor) subiram, em março, 2,6% no Rio Grande do Sul e 0,1% no Paraná. No mercado de lotes (negociações entre empresas), houve alta de 15% no RS, de 6,8% no PR e de 7% em SP, no mesmo período.

Fonte:Cepea

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