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Boletim Agronegócio.Net – Índices da semana (16 a 20 junho)

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (16 a 20 junho)

Açúcar

O valor médio do açúcar cristal segue em queda no mercado spot de São Paulo, ainda pressionado pela maior oferta do produto, por conta da safra. O Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor Icumsa entre 130 e 180, que, desde a segunda quinzena de fevereiro oscilava entre R$ 50,00 e R$ 52,00, tem sido fechado na casa dos R$ 49,00/saca de 50 kg. Nessa segunda-feira, 16, o Indicador fechou a R$ 49,13/saca de 50 kg, queda de 1,54% em relação à segunda anterior, 9. Do lado da oferta, relatório divulgado pela Unica indica que, somente na segunda quinzena de maio, a produção de açúcar no estado de São Paulo cresceu 12,47% frente ao mesmo período do ano passado, totalizando 1,486 milhão de toneladas. Quanto à demanda, a presença de compradores no mercado spot vem aumentando, mesmo que para aquisições parceladas, de pequenas a médias quantidades. No final da última semana, em particular, a movimentação foi menor, por conta do feriado na cidade de São Paulo na quinta-feira, 12, abertura da Copa no Brasil.

Arroz

Os preços do arroz em casca seguem enfraquecidos no Rio Grande do Sul. Entre 10 e 17 de junho, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) recuou 0,35%, fechando a R$ 36,54/saca de 50 kg nessa terça-feira, 17. Segundo pesquisadores do Cepea, compradores diminuíram o ritmo de aquisições, alegando dificuldade em repassar os ajustes para o produto beneficiado. Além disso, a finalização da colheita e a antecipação das férias escolares das redes estaduais e municipais devido à Copa do Mundo inibem a comercialização do arroz. Produtores, por sua vez, demonstram necessidade de venda para quitar despesas de safra, o que levou a ligeira redução dos valores.

Boi

Frente a um mercado pouco ofertado, as cotações da arroba do boi gordo acumulam alta em junho. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo) fechou a R$ 122,46 nessa quarta-feira, 18, aumento de 1,33% em relação ao dia 30 de maio. Segundo pesquisadores do Cepea, na expectativa de preços maiores, pecuaristas têm certa resistência em realizar novas efetivações. Frigoríficos, por sua vez, relatam dificuldade para preencher as escalas de abate. De modo geral, o ritmo de negócios segue lento, reforçado pelos feriados e pelos jogos da Copa, que encerram o expediente do comércio mais cedo em muitas cidades. Essa baixa liquidez resultou em pequenas quedas de preços em alguns dias deste mês.

Etanol

Os Indicadores semanais CEPEA/ESALQ tanto do hidratado como do anidro tiveram variações positivas na última semana, ainda que pequenas. De 9 a 13 de junho, as médias passaram para R$ 1,2156/litro (hidratado) e R$ 1,3245/l (anidro), ambos no estado de São Paulo, leves aumentos de 0,7% e 0,1%, respectivamente, na comparação com a semana anterior. Segundo pesquisadores do Cepea, com os jogos da Copa do Mundo, que fazem com que o expediente se encerre mais cedo no comércio de muitas cidades, e o feriado de Corpus Christi nesta quinta-feira, 19, distribuidoras mostraram maior interesse de compra, visando o abastecimento dos estoques, principalmente, de hidratado. A demanda mais aquecida chegou a superar a oferta, já que grande parte das usinas esteve retraída.

Mandioca

O volume expressivo de chuva no Paraná, em Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina dificultou a colheita de mandioca no início da semana passada. Além disso, também houve interesse de produtores em postergar os trabalhos, na expectativa de preços maiores. Assim, a oferta de mandioca se reduziu, com o volume de processamento na indústria de fécula sendo 19% menor que na anterior semana anterior. Com o objetivo de aumentar o ritmo de processamento, parte das fecularias elevou os preços pagos pela matéria-prima. Entre 9 e 13 de junho, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta indústria foi de R$ 235,91 (R$ 0,4103/grama e amido na balança hidrostática de 5 kg), alta de 0,8% frente à anterior.

Ovos

O mercado de ovos está um pouco mais aquecido, com altas de preços na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. As recentes valorizações estão pautadas na antecipação de cargas e nas temperaturas mais baixas em algumas regiões do País, que favorecem o consumo de produtos com ovos na receita. Com a abertura da Copa e o fechamento mais cedo do comércio em muitas cidades, alguns fornecedores anteciparam as compras para atender à demanda do fim de semana. Segundo colaboradores, a expectativa é que a vinda de turistas aqueça o consumo também dos alimentos que contêm ovos. No Nordeste, especificamente, a tradicional demanda para o preparo de comidas típicas das festas juninas também começa a crescer, ainda que de forma tímida.

Soja

Os preços internos da soja em grão têm caído no mercado brasileiro, pressionados pela queda internacional e pela desvalorização do dólar frente ao Real. Entre 6 e 13 de junho, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, que é baseado em negócios realizados, caiu 1,64%, a R$ 70,83/sc de 60 kg na sexta-feira, 13. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve retração de 2,1% em sete dias, indo para R$ 64,84/sc de 60 kg na sexta. No geral, agentes brasileiros estão atentos ao bom ritmo de cultivo da soja da safra 2014/15 nos Estados Unidos, que deve registrar volume elevado. No Brasil, em relatório divulgado no dia 10, a Conab apontou produção nacional de 86,05 milhões de toneladas de soja na temporada 2013/14, um recorde para o País. Este volume é 0,6% inferior ao do último relatório, devido, principalmente, à quebra de safra em São Paulo e Goiás, diante das condições climáticas desfavoráveis nos principais períodos de desenvolvimento da cultura.

Suínos

Depois de iniciar junho desaquecido, o mercado de suínos avança a segunda quinzena do mês mais movimentado e com preços em alta. De acordo com pesquisadores do Cepea, o aumento no consumo agregado decorrente da vinda de turistas para assistir aos jogos da Copa do Mundo tem dado mais giro aos estoques de frigoríficos. Além disso, pesquisadores do Cepea destacam que as exportações brasileiras de carne suína também vêm mostrando melhor desempenho em junho, contribuindo para enxugar o volume disponível no mercado doméstico. Diante desse cenário, produtores aproveitam o momento favorável para barganhar preços maiores pelos suínos vivos em comparação aos de semanas atrás. Pagando mais pelos animais, agentes de indústrias têm repassado os aumentos para a carne e o mercado, por sua vez, vem absorvendo os reajustes.

Trigo

As cotações do trigo continuam em queda no mercado brasileiro, principalmente no Rio Grande do Sul. Segundo pesquisadores do Cepea, enquanto compradores estão relativamente retraídos, vendedores estão interessados em liquidar estoques remanescentes. Esse cenário é, em boa parte, influenciado pela perspectiva de safra brasileira recorde, que levaria a aumento dos estoques de passagem mesmo com a demanda também devendo ser recorde, conforme indicam estimativas da Conab. Além disso, as cotações do trigo nos Estados Unidos têm apresentado quedas expressivas. De acordo com a Conab, no agregado nacional, a previsão é de produção 33,4% maior frente à anterior, indo para 7,4 milhões de toneladas em 2014, um recorde.

Fonte:Cepea

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