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Boletim Agronegócio.Net – Índices da semana (23 a 27 junho)

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (23 a 27 junho)

Açúcar

Compradores mais ativos têm garantido boa liquidez no mercado spot paulista de açúcar cristal, segundo pesquisadores do Cepea. O ritmo de negociações está aquecido, apesar de jogos do Brasil na Copa do Mundo e do feriado de Corpus Christi, no dia 19, que reduzem os dias de comercialização. Mesmo com a boa liquidez, as cotações do cristal ainda estão em queda, devido ao aumento da oferta, que, por sua vez, tem aumentado favorecida pelo clima. Na segunda-feira, 23, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor Icumsa entre 130 e 180, fechou a R$ 48,80/saca de 50 kg, baixa de 0,67% em relação à segunda anterior, 16.

Algodão

Os recuos nas cotações da pluma estiveram limitados nos últimos dias no mercado brasileiro, segundo levantamentos do Cepea. A sustentação veio da valorização do Índice Cotlook A e dos vencimentos da ICE Futures e também do ritmo lento das atividades de colheita no Cerrado. Entre 17 e 24 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias subiu 0,17%, fechando nessa terça-feira, 23, a R$ 1,9107/lp. De modo geral, comerciantes continuam com dificuldades em realizar negócios “casados”, devido à disparidade de preço entre compradores e vendedores. Parte desses agentes está no mercado à procura de lotes para cumprimento de contratos de venda fechados anteriormente. As indústrias, por sua vez, tentam postergar ao máximo a realização de novas compras, na expectativa de conseguirem preços menores assim que o produto do Cerrado estiver disponível.

Arroz

Alegando que as vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores e também os novos contratos de exportação estão lentos, indústrias estão retraídas, segundo informações do Cepea. Nos últimos dias, parte das empresas ofertou preço somente para o arroz depositado em seus armazéns e/ou trabalhou com o estoque. Entre 17 e 24 de junho, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) esteve praticamente estável (-0,02%), fechando a R$ 36,53/sc 50 kg na terça-feira, 24. Na parcial de junho, o Indicador acumula baixa de 0,64%.

Café

Os preços do café arábica têm subido no mercado brasileiro, conforme levantamentos do Cepea, retomando patamar superior a R$ 400,00/saca de 60 kg. Assim, as negociações têm se aquecido. O impulso veio do mercado internacional, que, por sua vez, foi influenciado pelas incertezas quanto ao tamanho da safra brasileira. Nessa quarta, 25, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, fechou a R$ 406,40/saca de 60 kg, aumento de 1,8% em relação ao dia anterior e de 4,8% frente ao observado em 18 de junho. Apesar da valorização, boa parte dos vendedores se mantém retraída.

Citros

O ritmo de negociação no mercado de mesa de laranja continua lento no estado de São Paulo, conforme pesquisas do Cepea. Ainda há boa disponibilidade de precoces sendo ofertada, pressionando ainda mais os valores da fruta. Dessa forma, as cotações da laranja pera vêm caindo sucessivamente desde abril – justamente quando começou a maior oferta de precoces. Nesta semana (segunda a quinta-feira), a laranja pera é negociada a R$ 9,95/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 3,6% em relação à anterior. No caso da lima ácida tahiti, os valores continuam em alta, principalmente as frutas com padrão de exportação. Com a seca do primeiro semestre, poucas limas de qualidade e calibre ideais estão sendo ofertadas. A média parcial da semana é de R$ 18,83/cx de 27 kg, colhida, aumento de 7,4% em relação à anterior.

Etanol

Neste mês, os Indicadores CEPEA/ESALQ dos etanóis anidro e hidratado continuam registrando ligeiras, mas seguidas altas. Entre 16 e 20 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado teve média de R$ 1,2216/litro, leve aumento de 0,5% em relação ao período anterior (de 9 a 13 de junho) – esta foi a terceira semana seguida de elevação. Para o anidro, o Indicador subiu pela segunda semana – a alta foi de 0,6%, com a média passando para R$ 1,3331/l de 16 a 20 de junho. O suporte tem vindo ora da demanda um pouco mais aquecida, ora da oferta limitada por parte das usinas, segundo informações do Cepea. Na semana passada, especificamente, a saída de algumas unidades produtoras pesou mais sobre as cotações, tendo em vista que a procura não aumentou.

Frango

A elevação da demanda por carne de frango no atacado e no varejo tem aumentado os preços em toda a cadeia, segundo informações do Cepea. Além do aumento pontual do consumo interno, resultado da demanda extra de turistas no Brasil por conta da Copa do Mundo, os altos patamares das carnes concorrentes (bovina e suína) fazem com que parte da população acabe optando pelo frango, mais barato se comparado às demais carnes. Assim, aumenta a procura por pintainhos para elevar a produção de frangos para abate. Do lado da oferta, a queda das temperaturas, especialmente nas regiões sulistas, tende a dificultar a criação dos animais por conta do estresse, diminuindo a conversão alimentar (consumo de ração pelo ganho de peso) e elevando os índices de mortalidade.

Mandioca

O cenário de menor oferta tem se mantido nos últimos dias, com chuvas frequentes em parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Produtores continuam a priorizar as atividades de plantio. Além disso, com a redução dos dias trabalhados nas fecularias, em razão do feriado de Corpus Christi e dos jogos da seleção brasileira, houve maior demanda por matéria-prima. Pelo fato de ter havido melhora no mercado dos derivados de mandioca, observou-se aumento na demanda por matéria-prima tanto pelas fecularias quanto pelas farinheiras, resultando até alguma disputa pela raiz entre empresas. Com isso, algumas firmas voltaram a se abastecer em regiões mais distantes. Assim, os preços da mandioca continuaram em alta na maioria das regiões acompanhadas.

Ovos

As contínuas desvalorizações do milho ao longo de junho têm amenizado o recuo nas margens dos avicultores de postura, que vêm recebendo menos pelo ovo neste mês. Segundo dados do Cepea, entre 30 de maio e 20 de junho, o cereal se desvalorizou 6,5% na região de Campinas (SP). No mesmo período, os ovos branco e vermelho a retirar em Bastos (SP) acumularam quedas menos intensas, de 2,2% e 1,2%, respectivamente. Segundo levantamento da equipe Grãos/Cepea, as baixas de preço do milho estão atreladas ao aumento na produção da segunda safra brasileira estimado pela Conab e ao início das atividades de colheita. No mercado de ovos, o relativo aquecimento das vendas verificado na segunda semana de junho não se manteve. Além da antecipação das férias escolares da rede pública, o que reduz o consumo de merenda, o feriado dessa quinta-feira (Corpus Christi) reforçou a baixa liquidez nos últimos dias. Além disso, nos dias de jogos do Brasil o comércio encerra o expediente mais cedo, diminuindo o tempo de comercialização e prejudicando a logística.

Fonte:CEPEA

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