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Boletim Agronegócio.Net – Índices da semana (12 de maio até 16 maio)

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (12 de maio até 16 maio)

Algodão

Os preços do algodão em pluma seguem em queda no Brasil. Segundo pesquisadores do Cepea, parte dos vendedores se mostra interessada em liquidar estoques de safras anteriores, que, na maioria das vezes, trata-se de algodão de tipos inferiores. Entre 6 e 13 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias caiu 1,8%, fechando a R$ 1,9528/lp nessa terça-feira, 13. Em termos nominais, esse é o menor patamar do Indicador desde junho de 2013 e, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de abril/14), o mais baixo desde janeiro de 2013. No geral, apesar do maior número de agentes ativos no mercado, a oferta do comprador está distante do valor pedido pelo vendedor e, com isso, a comercialização segue bastante lenta. A baixa qualidade de parte dos lotes também limita a liquidez.

Arroz

O ritmo de negócios está lento no mercado de arroz em casca no Rio Grande do Sul. Indústrias consultadas pelo Cepea demonstram baixo interesse de compra frente às semanas anteriores, alegando que as vendas de arroz beneficiado aos grandes centros consumidores estão mais fracas. Por outro lado, orizicultores também não mostram muito interesse de venda de arroz. Alguns produtores consultados pelo Cepea já receberam os recursos de pré-custeio ou “fizeram caixa” com a venda de outros produtos, como soja e gado. No entanto, parte dos produtores disponibiliza lotes de arroz, devido à necessidade de escoar parte dos silos e/ou de pagar os custos de lavoura. Entre 6 e 13 de maio, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 58% grãos inteiros) subiu 0,53%, fechando a terça-feira, 13, a R$ 36,26/sc de 50 kg.

Boi

O ritmo de negócios no mercado de boi gordo está bastante lento. Apenas nos últimos dias é que operadores relataram um número maior de efetivações, devido à necessidade de compras por parte de alguns frigoríficos e/ou à da retomada de negociações que haviam sido postergadas por pecuaristas quando a indústria ofereceu valores abaixo dos vigentes. Entre 7 e 14 de maio, o Indicador do boi gordo ESALQ/BM&FBovespa (estado de SP) cedeu 0,8%, fechando em R$ 122,69 nessa quarta-feira, 14. Na parcial de maio, a queda é de 1,03%. Segundo pesquisadores do Cepea, ainda que as efetivações de lotes a preços maiores tenham limitado o movimento de baixa, as cotações estiveram pressionadas pela abertura de preços menores de balcão por parte de frigoríficos.

Café

Apesar de registrar pequenas altas em alguns dias, os preços do café arábica estão em movimento de baixa desde o início de maio. No acumulado do mês, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, bebida dura para melhor, posto na capital paulista, já recuou 10,11%, fechando a R$ 422,25/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 14. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem de indicações de que os prejuízos da seca à produção de café do Brasil tenham sido menores que os esperados pelo mercado. Além disso, neste momento, as condições climáticas estão favoráveis à colheita do café no Brasil. Nesse cenário, a liquidez está bastante limitada, já que muitos agentes estão fora do mercado. Quanto às exportações brasileiras de café (arábica e robusta), estas seguem com bom desempenho na parcial desta safra 2013/14 (de julho/13 a abril/14), em termos de volume. De acordo com dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (CeCafé), no acumulado da temporada, já foram embarcadas mais de 25 milhões de sacas de 60 kg de grão verde. Considerando-se todos os cafés (verde, torrado e moído, solúvel), foram quase 28 milhões de sacas embarcadas no período. Ambos os volumes já superam o exportado no mesmo período das safras 2011/12 e 2012/13. Apesar da quantidade elevada, o montante obtido com os embarques totais segue reduzido. Na parcial da temporada 2013/14, exportadores receberam US$ 4,2 bilhões, a menor receita para o período desde a temporada 2009/10.

Citros

Os preços da lima ácida tahiti reagiram nesta semana no mercado paulista. Pesquisadores do Cepea indicam que a demanda está aquecida e a oferta, restrita, principalmente pela maior oportunidade de venda ao mercado externo. Assim, a média parcial da semana (de segunda a quinta-feira) está em R$ 13,33/cx de 27 kg, colhida, elevação de 15,6% em relação à anterior. Segundo colaboradores do Cepea, têm aumentado as exportações de limões e lima por via aérea, o que diminui a exigência quanto à maturação da fruta – visto que o envio aéreo é mais rápido que o marítimo. Esse cenário tem dado oportunidade a mais produtores de comercializar com exportadores. Segundo dados da Secex, de janeiro a abril de 2014, foram exportados mais de 1,4 mil toneladas de limões e limas por via aérea, expressivo aumento de 134% em relação ao mesmo período de 2013. As exportações totais desse produto (considerando-se todas as vias de transporte), por sua vez, subiram 16%.

Etanol

Os preços do etanol hidratado caíram pela terceira semana seguida no mercado paulista. Segundo pesquisadores do Cepea, a maior oferta, reflexo do avanço da moagem da safra 2014/15 na região Centro-Sul, segue pressionando as cotações. Entre 5 e 9 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado (estado de São Paulo) teve média de R$ 1,1871/litro, queda de 5,5% em relação ao período anterior. Em três semanas, este Indicador acumula recuo de 16,4%. Para o anidro, a queda foi mais intensa na última semana. A média do Indicador CEPEA/ESALQ, de R$ 1,4019/l, esteve 7,6% abaixo da registrada no intervalo de 28 de abril a 2 de maio. Na semana anterior, o recuo havia sido de 1,3%. A pressão veio do aumento da produção desse combustível neste período da safra. Pesquisadores do Cepea indicam que, do lado da demanda, distribuidoras aproveitaram os preços mais baixos para negociar um volume ligeiramente maior no spot, especialmente nos primeiros dias da última semana.

Frango

O movimento dos preços do frango vivo segue de baixa na maioria das praças pesquisadas pelo Cepea, refletindo um cenário de oferta ligeiramente superior à demanda. No atacado, as quedas chegaram a ser limitadas nos últimos dias por conta do maior consumo de início de mês; para o congelado, essa maior procura gerou até acumulados positivos nas variações mensais. Ainda assim, as vendas ficaram abaixo do esperado por agentes, frustrando as expectativas de atacadistas, que esperavam um aquecimento maior com o Dia das Mães. Com isso, o mercado está com estoques relativamente altos.

Mandioca

A colheita de raízes, que já estava aquecida nas últimas semanas, se intensificou com o início da safra, neste mês de maio. Além disso, o clima nos últimos cinco dias esteve favorável para os trabalhos de campo. Produtores consultados pelo Cepea seguem com interesse em aumentar a oferta de matéria-prima, temendo novas e expressivas quedas nos preços nos próximos meses. Outro fator de incremento na colheita é a incidência de casos de podridão das raízes em algumas regiões. Em certos casos, há necessidade de fazer caixa e/ou de liberar áreas de arrendamentos. Além disso, o rendimento de amido continua em alta, passando a média para 580,92 gramas, tendo como referência a tabela de renda 20. Na semana passada, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 269,79 (R$ 0,4692/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), recuo de 6,8% frente à média anterior. Esta foi a menor média semanal desde novembro/12, conforme levantamento do Cepea.

Milho

A proximidade da finalização da colheita de milho de primeira safra e o bom desenvolvimento das lavouras de segunda temporada têm pressionado as cotações internas do grão. Além disso, ainda prevalecem o maior interesse de venda e a postergação das compras – indústrias consumidoras apostam em preços menores nas próximas semanas. Segundo pesquisadores do Cepea, em regiões de São Paulo e do Paraná, os preços cederam de forma mais acentuada, influenciados pelo ritmo lento da comercialização do milho. Entre 5 e 12 de maio, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 3%, fechando a R$ 29,48/saca de 60 kg nessa segunda-feira, 12. Novos dados da Conab indicam que, no agregado da primeira e segunda safras, a oferta do Brasil deve ser de 75,2 milhões de toneladas de milho. O consumo interno deve ser de 53,82 milhões de toneladas e a Conab já estima que as exportações possam chegar a 21 milhões de toneladas. Caso se confirme, os estoques finais em janeiro/15 ficariam em 9,5 milhões de toneladas.

Ovos

As cotações dos ovos iniciam maio em queda, contrariando expectativas de agentes do setor. Segundo colaboradores do Cepea, apesar do ligeiro aumento da demanda na semana passada (típico de começo de mês), o maior consumo esperado com a proximidade do Dia das Mães não se concretizou. A menor demanda neste ano seria reflexo da proximidade da comemoração com os feriados de Páscoa, Tiradentes e Dia do Trabalho, períodos em que os gastos são maiores. Nas granjas, houve uma pequena elevação dos estoques, reforçando as baixas das cotações. Entre 2 e 9 de maio, especificamente, o ovo tipo extra, vermelho, para retirar em Mirandópolis/Guararapes (SP) se desvalorizou 5,2%, com a cotação média da caixa com 30 dúzias passando para R$ 72,23 na sexta-feira, 9. Para os ovos brancos, o preço médio do tipo extra, para retirar em Mirandópolis/Guararapes (SP), recuou 2,3% em sete dias, com a caixa com 30 dúzias passando a ser comercializada a R$ 63,93 na sexta-feira.

Soja

Os valores da soja se enfraqueceram na última semana no mercado brasileiro. Além da pressão vinda do dólar, parte dos produtores nacionais está mais interessada na venda da soja, fazendo com que compradores ofertem preços menores para aquisição do grão. Na média das regiões pesquisadas pelo Cepea, os preços recuaram 0,1% no mercado de balcão (ao produtor) e registraram ligeira alta de 0,6% no de lotes (negociações entre empresas) entre 2 e 9 de maio. Em relatório divulgado neste início de maio, a Conab elevou a estimativa da safra brasileira em 0,57% em relação ao relatório de abril, indo para 86,57 milhões de toneladas de soja. Isso se deve ao crescimento de 8,3% do total da área colhida em relação à safra passada. Já a produtividade nacional recuou 1,9% frente à temporada anterior, devido às condições climáticas adversas no período de desenvolvimento do grão. Quanto às exportações nacionais de soja em grão, nos quatro primeiros meses de 2014, o Brasil embarcou volume recorde para o período, de acordo com dados da Secex. Somente em abril, foram embarcadas 8,25 milhões de toneladas do grão, um recorde mensal, somando 17,3 milhões de toneladas de soja na parcial de 2014.

Suínos

O setor suinícola brasileiro avança o mês de maio com baixa liquidez e preços em queda tanto para o animal vivo como para a carne. De acordo com pesquisadores do Cepea, a expectativa é que, na primeira quinzena de junho, além do típico aquecimento das vendas, a proximidade da Copa do Mundo favoreça o consumo no atacado e varejo, o que pode alavancar as cotações dos produtos. De modo geral, o Dia das Mães contribuiu para ampliar as vendas de cortes específicos em alguns dias; para as carcaças, as compras até aumentaram, mas não como o esperado, o que, somado aos estoques relativamente elevados, fizeram com que os preços seguissem em baixa. Pesquisadores indicam que as quedas só não foram maiores por conta do bom desempenho das exportações brasileiras de carne suína in natura, que vêm aumentando mês a mês desde o início do ano.

Fonte:Cepea

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