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Sertanejo Raiz – Um pouco da história da dupla Zé Fortuna e Pitangueira

Olá amigo amante da música sertaneja e fã do Sertanejo Oficial, hoje você vai conhecer um pouco da história da dupla Zé Fortuna e Pitangueira, agradecendo a pesquisadora e jornalista Sandra Peripato pelo apoio nas pesquisas.

Nasceram em Itápolis, no interior de São Paulo, os irmãos José Fortuna, em 02 de outubro de 1923, e Euclides Fortuna em 1928.

Zé Fortuna foi cantor, poeta, letrista, autor e ator teatral. É autor de 42 peças teatrais (foi inclusive sócio-fundador da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais – SBAT), de 10 folhetos de Literatura de Cordel, além de cerca de mais ou menos 2500 letras de músicas, sendo 900 inéditas.

Compôs sua primeira música em setembro de 1942, desde cedo, ainda criança, em suas andanças com o pai pela lavoura, já escrevia versos com pedaços de madeira, no chão de terra por onde caminhava. Sua primeira música gravada foi a “Moda das Flores”, no dia 04 de abril de 1944, por Tôrres e Florêncio, e desde então nunca mais parou.

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Em 1947, José Fortuna e Euclides Fortuna, criaram a dupla Zé Fortuna e Pitangueira. No mesmo período, mudaram-se para São Paulo onde conheceram o acordeonista Juventus Merenda. Os três formaram então um trio no qual Merenda ficou pouco tempo. Em 1948, conheceram o acordeonista Coqueirinho, formando com ele o trio “Os Maracanãs”. Apresentaram-se no mesmo ano na Rádio Record de São Paulo.

Em 1953, a acordeonista Rosinha substituiu Coqueirinho, e Os Maracanãs passou a atuar com sucesso no programa “Terra, Sempre Terra”, na Rádio Piratininga em São Paulo. Em 1958, passaram a atuar na Rádio Bandeirantes, e em 1962, foram para a Rádio Tupi. No final dos anos 50, passou a fazer parte do trio o acordeonista Zé do Fole, em lugar de Rosinha, dando assim forma definitiva ao trio “Os Maracanãs”, percorrendo por conseguinte todo o Brasil, e algumas cidades da América do Sul, com sua Companhia Teatral Maracanã.

Além de escritor, Zé Fortuna atuava também como ator de destaque em todas as suas criações teatrais, e sua Companhia Teatral acabou por receber inúmeros prêmios e troféus, fazendo com que os irmãos ficassem conhecidos dentro do universo da música sertaneja como “Os Reis do Teatro”.

Após o encerramento das atividades com sua Companhia Teatral, por volta de 1975, passou então a se dedicar com maior afinco à composição.

Gravaram cerca de 40 LPs e diversos discos em 78 rotações. A maior parte das gravações do trio eram composições dos irmãos José Fortuna e Pitangueira.

Entre seus grandes sucessos destacamos “Paineira Velha”, “O Selo de Sangue”, “Lenda da Valsa dos Noivos”, “Voz de Criança”, “Crime de Amor”, “Punhal da Vingança”, “Lembrança”, “Esteio de Aroeira”, “Retalhos de Amor”, “Casinha de Ouro”, “Índia”, “Ultimo Adeus”, “Lembrança”, “Berrante de Ouro”, “Terra Tombada”, entre outros.

José Fortuna faleceu em São Paulo, no dia 10 de novembro de 1983, vítima de doença de Chagas. Pitangueira faleceu na manhã de 11 de janeiro de 2013 em São Paulo.

Detalhe, o cantor e compositor Paraíso é genro de Zé Fortuna e juntos escreveram grandes sucessos como “Carreador”, “Saco de Ouro”, “Canga do Tempo”, entre tantas.

Amigos semana que vem amigos tem mais curiosidades e histórias da nossa música sertaneja, grande abraço.

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