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Boletim Agronegócio.Net – Índices da semana (09 a 13 junho)

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (09 a 13 junho)

Açúcar

O clima favorável à colheita de cana-de-açúcar no estado de São Paulo desde o início da safra 2014/15 (abril) tem contribuído para que usinas operem de forma ininterrupta. Dessa forma, apesar de projeções indicando menor produção de açúcar na atual temporada, no curto prazo, verifica-se aumento de oferta com o desenvolvimento da moagem. Esse cenário vem resultando em quedas dos preços do açúcar cristal no mercado spot paulista. Na segunda-feira, 9, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor Icumsa entre 130 e 180, fechou a R$ 49,90/saca de 50 kg, baixa de 2,5% em relação à segunda anterior, 2.

Algodão

As cotações internas do algodão em pluma voltaram a cair nos últimos dias. Segundo pesquisadores do Cepea, as ofertas de venda permanecem mais evidentes que as de compra, visto que alguns cotonicultores pretendem finalizar os estoques. Além disso, lotes da pluma de tipos inferiores e com características da safra 2012/13 seguem sendo negociados com deságios acima do considerado normal. Entre 3 e 10 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias registra queda de 0,23%, fechando nessa terça-feira, 10, a R$ 1,9191/lp. Na parcial de junho, o Indicador recuou 0,46%. No geral, a liquidez está baixa, já que agentes aguardam o avanço da colheita no Cerrado e a entrada efetiva do algodão no mercado para incrementar as negociações. A baixa disponibilidade de algodão de tipos finos também dificulta as negociações.

Arroz

Após 11 semanas em alta, o preço do arroz em casca no Rio Grande do Sul registrou queda, devido à retração das indústrias. Entre 3 e 10 de junho, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 8% grãos inteiros) recuou 0,35%, fechando a R$36,67/sc de 50 kg no dia 10. De acordo com pesquisadores do Cepea, a redução no ritmo de compra dos setores atacadista e varejista dos grandes centros consumidores neste início de junho fez com que as indústrias demonstrassem menor interesse de compras. Do lado vendedor, agentes estão menos ativos neste mês. Alguns produtores afirmam que houve quebra de produtividade na safra atual, o que tem alicerçado as expectativas de preços firmes para os próximos meses. Além disso, parte dos orizicultores também tem a possibilidade de “fazer caixa” com a venda de soja e/ou gado e outros ainda contam com acesso ao empréstimo bancário para custeio da lavoura, fazendo com que adiem a venda de arroz.

Café

Incertezas quanto ao volume e à qualidade do café que será colhido na safra brasileira 2014/15 têm deixado o mercado interno bastante volátil. Agentes consultados pelo Cepea apontam que o cenário só deve se estabilizar quando as produções nacional e mundial estiverem mais bem definidas. Em termos globais, relatórios divulgados no final de maio pelo USDA indicam que a produção deve se reduzir no Brasil e na Indonésia, mas pode aumentar na Colômbia e no Vietnã. No geral, as estimativas do USDA mostram produção superior às indicações de institutos nacionais. Em relação ao mercado brasileiro de arábica, os preços tiveram leve recuperação. O Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 bebida dura para melhor, posto em São Paulo, fechou a R$ 401,19/saca de 60 kg nessa quarta-feira, 11, alta de 0,9% frente ao fechamento da quarta anterior, 4. Quanto ao robusta, a cotação permaneceu praticamente estável, com poucos vendedores ativos no mercado. O Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6 peneira 13 acima fechou a R$ 232,74 saca de 60 kg na quarta-feira, 11, leve alta de 0,2% em relação ao dia 4 – a retirar no Espírito Santo.

Citros

O ritmo de colheita da safra 2014/15 está relativamente lento no estado de São Paulo, com produtores aguardando a intensificação das compras por parte das processadoras. Nesta semana, uma grande indústria iniciou as aquisições no portão (spot), principalmente na região de Engenheiro Coelho, com entrega no mesmo dia da negociação. O preço oferecido é de R$ 6,00/cx de 40,8 kg de precoce, enquanto que as pequenas fábricas têm pago entre R$ 7,00 e R$ 8,00/cx. Com relação ao mercado de mesa, o consumo continua limitado pelo clima frio. Além disso, agentes consultados pelo Cepea apontam que parte das precoces vem apresentando qualidade inferior à exigida pelo mercado. Assim, as cotações da pera recuaram pela 13ª semana consecutiva. Na parcial da semana (de segunda a quinta-feira), a média foi de R$ 10,41/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 3,4% em relação à semana passada. Quanto à lima ácida tahiti, a demanda interna segue reduzida, mas as exportações ainda em bom ritmo têm sustentado suas cotações. Com isso, a média parcial da semana é de R$ 17,14/cx de 27 kg, colhida, aumento de 4% em relação à anterior.

Etanol

Os preços dos etanóis comercializados no mercado paulista tiveram comportamentos distintos na última semana. Enquanto o hidratado se valorizou 1,1%, na comparação com o período anterior, o anidro se desvalorizou 1,1%, com os Indicadores CEPEA/ESALQ (estado de São Paulo) passando para as médias de R$ 1,2071/litro e R$ 1,3237/l, respectivamente. Segundo pesquisadores do Cepea, para o hidratado, o suporte dos valores veio da ligeira diminuição na oferta combinada à demanda um pouco mais aquecida. Com previsão de chuva e sem tanta necessidade de caixa, usinas disponibilizaram um volume menor do produto em comparação com a semana anterior. Do lado da procura, distribuidoras estiveram um pouco mais ativas, o que contribuiu para elevar as cotações. Quanto ao anidro, poucos negócios vêm sendo realizados no mercado spot, o que já é esperado. A maioria das efetivações acontece via contratos para o combustível.

Frango

Depois de ter chegado ao menor patamar em nove meses no final de maio, a carne de frango segue se recuperando em junho, mesmo já tendo passado o período de maior demanda do mês (recebimento dos salários). Segundo colaboradores do Cepea, frigoríficos continuam encontrando “espaço” para reajustar os valores, apoiados na boa liquidez do atacado. Assim, o frango congelado na Grande São Paulo acumula alta de 6%, com o quilo a R$ 3,16 nessa quinta-feira, 12; para o resfriado, o aumento é de 4,3%, a R$ 3,18/kg. Nas granjas, porém, os preços do frango vivo seguem de estáveis a ligeiramente menores, dependendo da região pesquisada pelo Cepea. Apesar disso, o poder de compra de avicultores em relação ao milho (um dos principais insumos) continua sendo favorecido porque as quedas do grão são mais intensas que as da ave.

Mandioca

A última semana foi de condições climáticas favoráveis ao avanço da colheita de mandioca. Contudo, o ritmo esteve abaixo das expectativas dos agentes da indústria, por conta da retração de produtores e do início de outras atividades de campo, como separação de ramas, preparo de solo e poda. Segundo pesquisadores do Cepea, os agricultores estão postergando a colheita em razão de os preços terem se aproximado dos custos de produção em alguns casos. Dessa forma, as cotações estiveram mais firmes. Entre 2 e 6 de junho, o valor médio a prazo da tonelada de mandioca posta fecularia foi de R$ 234,04 (R$ 0,4070/grama de amido na balança hidrostática de 5 kg), com alta de 1,4% ante a média anterior. Porém, em quatro semanas, o recuo acumulado é de 4%.

Milho

As cotações internas de milho caíram com força em maio, movimento mantido em junho. Esse cenário é resultado da baixa liquidez interna e do bom desenvolvimento das lavouras de segunda safra no Brasil e nos Estados Unidos. Entre 2 e 9 de junho, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa, referente à região de Campinas (SP), caiu 2,6%, fechando a R$ 27,03/saca de 60 kg. Se considerados os negócios também em Campinas, mas cujos prazos de pagamento são descontados pela taxa de desconto NPR, o preço médio à vista foi de R$ 26,51/sc de 60 kg na segunda-feira, 9, também com retração de 2,6% em sete dias. Em maio, as baixas foram de expressivos 9,1% e 9,5%, respectivamente. Segundo pesquisadores do Cepea, vendedores ainda têm optado por segurar novos lotes, enquanto compradores esperam que os preços cedam ainda mais. Mesmo assim, houve pressão sobre as cotações, com baixas mais intensas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

Ovos

O mercado de ovos inicia junho com as atenções voltadas ao comportamento da demanda no correr do mês. Além das festas juninas e da queda nas temperaturas neste período do ano, que tradicionalmente elevam o consumo do produto, a Copa do Mundo também pode contribuir para aquecer a demanda. No entanto, de acordo com levantamentos do Cepea o cenário ainda é incerto. Alguns agentes comentam que o início do evento esportivo dificultaria a dinâmica de comercialização – o feriado em algumas cidades nos dias de jogos diminui o tempo de negociação do produto, além de prejudicar a logística. Assim, o clima é de cautela entre compradores e vendedores. A liquidez segue baixa e os preços, em queda, na maioria das regiões pesquisadas pelo Cepea. Os recuos mais intensos continuam ocorrendo para o ovo branco, em decorrência da oferta relativamente elevada frente à demanda. Vale lembrar, porém, que, com o frio, a produção tende a diminuir e as cotações podem ficar mais firmes nas próximas semanas.

Soja

Enquanto as cotações externas da soja seguem em queda, pressionadas por boas expectativas quanto ao volume da safra 2014/15 norte-americana, no Brasil, os valores ainda têm se sustentado. O ritmo de negócios no mercado brasileiro está mais aquecido, puxado pelas demandas doméstica e externa. Nos últimos dias, contudo, houve um distanciamento entre as ofertas de vendedores e de compradores, o que limitou um pouco a liquidez. Vendedores apostam em maior demanda para os próximos meses, especialmente por parte das indústrias. Já compradores esperam que as quedas nos preços externos possam ser repassadas ao Brasil nas próximas semanas. Em relação aos preços domésticos, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, que é baseado em negócios realizados, avançou 0,84% entre 30 de maio e 6 de junho, a R$ 72,01/sc de 60 kg na sexta-feira, 6. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador foi de US$ 32,03/sc de 60 kg, alta de 0,4% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, teve ligeira queda de 0,2% em sete dias, indo para R$ 68,31/sc de 60 kg na sexta.

Suínos

Neste mês (entre 30 de maio e 11 de junho), o preço da carcaça suína no atacado da Grande São Paulo registra o menor aumento na comparação com as carnes de boi e frango. Nessa quarta-feira, 11, a cotação média da carcaça comum no mercado paulista foi de R$ 5,03/kg, leve aumento de 0,4% frente ao encerramento de maio. No mesmo período, a carcaça casada bovina se valorizou 5,8% e o frango inteiro resfriado, 4,3%, com os produtos cotados a R$ 7,99/kg e a R$ 3,18/kg, respectivamente, na quarta. Nesse cenário, a carcaça suína ampliou sua competitividade frente às demais. Apesar de apresentar menor preço, as vendas da carne suína seguem abaixo das expectativas. Agentes do setor, esperando um forte incremento na demanda relacionada ao início da Copa do Mundo, aumentaram seus estoques, mas o mercado não se aqueceu na proporção esperada e, por isso, os preços não têm subido com intensidade. Além disso, mesmo com as temperaturas mais baixas em algumas regiões do País, não tem havido estímulo para as vendas de alguns cortes.

Trigo

As importações brasileiras de trigo seguem crescentes. Em maio, apesar da sinalização de liberação de novos lotes da Argentina, as compras neste país vizinho foram as menores em três meses, enquanto as aquisições no Uruguai subiram. O preço médio em dólar do trigo importado, contudo, foi o maior deste ano. Já no Brasil, os valores seguem em queda, pressionados pela expectativa da boa safra nacional e pelos elevados estoques de moinhos. As variações negativas mais expressivas ocorreram no Rio Grande do Sul, devido à maior disponibilidade de produto. Moinhos seguem retraídos, afirmando estarem abastecidos com o trigo importado. Além disso, algumas unidades alegam desaquecimento nas vendas de derivados. Entre 3 e 10 de junho, no mercado disponível (negociação entre empresas), houve queda de 3,38% nos preços do trigo no Rio Grande do Sul, de 1,3% no Paraná e de 2,9% em São Paulo. No mercado de balcão (preço pago ao produtor), as cotações caíram 4,4% no Rio Grande do Sul, mas permaneceram praticamente estáveis no Paraná.

Fonte:Cepea

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