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Boletim Agronegócio.Net – Índices da semana (02 a 06 junho)

Confira os índices do Boletim Agronegócio.net – Índices da semana (02 a 06 junho)

Açúcar

O aumento da oferta de açúcar cristal no mercado spot paulista, devido à intensificação da moagem de cana-de-açúcar, enfraqueceu as cotações do produto, de acordo com informações do Cepea. Na sexta-feira, 30, o Indicador CEPEA/ESALQ do açúcar cristal (mercado paulista), cor Icumsa entre 130 e 180, fechou a R$ 50,97/saca de 50 kg, queda de 1,26% no mês. Apesar dessa baixa, os preços negociados no spot paulista em maio ainda superaram os do mesmo período do ano passado. A média mensal de maio de 2014 do Indicador CEPEA/ESALQ foi de R$ 51,49/saca de 50 kg, 7,26% superior à de maio de 2013 (R$ 48,00/saca de 50 kg), em termos reais (valores corrigidos pelo IGP-DI de abril/14).

Algodão

Apesar da resistência de parte dos vendedores, os preços do algodão em pluma voltaram a cair neste início de junho. Entre 27 de maio e 3 de junho, o Indicador CEPEA/ESALQ com pagamento em 8 dias recuou 0,7%, a R$ 1,9236/lp nessa terça-feira, 3. Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da qualidade inferior dos lotes, devido à proximidade do final da safra 2012/13, do baixo interesse de compra das indústrias e da menor paridade de exportação. Quanto à colheita da safra 2013/14, agentes consultados pelo Cepea afirmam que poderá ter atraso de cerca de 25 dias nas principais regiões produtoras do Cerrado, devido às variações climáticas desde o início de 2014, incluindo o frio da última semana. Com isso, produtores que ainda possuem lotes de algodão de qualidade (41-4 para melhor e sem características) mantêm a expectativa de vender a valores superiores aos observados no momento.

Arroz

As cotações do arroz em casca seguem em alta no mercado sul-rio-grandense. Nessa terça-feira, 3, o Indicador ESALQ/Bolsa Brasileira de Mercadorias-BM&FBovespa (Rio Grande do Sul, 8% grãos inteiros) fechou a R$ 36,80/sc de 50 kg, retornando aos patamares observados em meados de janeiro deste ano. Em maio, o Indicador subiu em praticamente todo o mês, com as variações mais intensas sendo observadas na primeira quinzena (1,5%) – a presença mais ativa de indústrias naquele período impulsionou as cotações do arroz. Na segunda metade de maio, a elevação do Indicador foi de 0,9%, acumulando aumento de 2,4% no mês.

Boi

O ritmo de negócios segue lento neste início de junho no mercado de boi gordo, com compradores e vendedores retraídos. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 120,54 nessa quarta-feira, 4, praticamente estável em relação ao valor da quarta anterior (R$ 120,69). De modo geral, agentes vêm se mostrando mais ativos apenas quando têm maior urgência na negociação. No balanço das 24 regiões divulgadas pelo Cepea, os preços da arroba de boi acumulam alta em quase todas entre 28 de maio e 4 de junho. As atenções de operadores se voltam especialmente ao desempenho das vendas de carne. Grande parte dos agentes acredita em melhora nesse mercado para os próximos dias.

Café

Os preços do café arábica têm recuado no mercado brasileiro. Em maio, o preço da variedade caiu quase 15% e, na parcial de junho, a baixa está em 1,51%. No início do mês passado, o arábica estava sendo negociada a R$ 470,00/saca de 60 kg, um dos maiores patamares deste ano, o que estimulou produtores a vender lotes do grão. No correr do mês, contudo, a colheita de arábica foi intensificada e, apesar da confirmação de que o clima seco prejudicou a produção, a chegada dos primeiros lotes pressionou os valores do café, que passou a ser negociado por volta dos R$ 400,00/sc de 60 kg entre o final de maio e início de junho. Nesse cenário, o ritmo de negociação se reduziu fortemente nas últimas semanas – em alguns dias, praticamente não houve comercialização. Nessa quarta-feira, 4, o Indicador do arábica fechou a R$ 397,59/saca de 60 kg, forte recuo de 2,1% em relação à quarta anterior, 28.

Citros

Com o clima um pouco mais frio em quase todo o estado paulista, a procura pela laranja pera está desaquecida. Na parcial desta semana (de segunda a quinta-feira), a média da pera está em R$ 10,80/cx de 40,8 kg, na árvore, queda de 4,1% em relação à semana passada. Quanto à moagem da safra 2014/15, as grandes fábricas paulistas iniciaram as atividades em mais unidades nesta semana. Outras devem começar a moer nas próximas semanas e, até o final deste mês, praticamente todas devem estar em funcionamento. O maior número de fábricas operando, porém, não significou início das compras da fruta no mercado spot. Neste início de safra, o processamento está restrito a frutas próprias das indústrias. A qualidade das variedades precoces deve se manter boa até o final de junho/início de julho. Depois disso, parte das frutas deve começar a ficar comprometida. Com isso, alguns citricultores estão receosos em relação à negociação de suas precoces com a indústria.

Etanol

Os preços dos etanóis anidro e hidratado recuaram pelo segundo mês consecutivo em maio, de acordo com informações do Cepea. O Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 1,2009/litro (sem impostos), valor 10,2% menor que o do mês anterior. Para o anidro, a baixa foi semelhante, de 10,1%, com a média do Indicador passando para R$ 1,3664/l (sem impostos). Na comparação com maio de 2013, a média do hidratado permaneceu praticamente estável, com leve alta de 0,3%, em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-M de maio/14). Já para o anidro, houve desvalorização de 4,7% na comparação anual.

Frango

Os valores da carne de frango iniciam junho em queda. Na expectativa de vendas maiores com a Copa do Mundo, frigoríficos vinham formando estoques. No entanto, o consumo ainda não atingiu os níveis esperados, atrapalhando o escoamento de carne. Para alguns agentes, a chegada dos dias do evento pode, inclusive, prejudicar ainda mais a dinâmica de comercialização, visto que o feriado em algumas cidades nos dias de jogos diminui o tempo de negociação do produto. Neste caso, os cortes resfriados são os mais afetados por serem mais perecíveis. Nos primeiros dias de junho, o frango inteiro resfriado chegou a ser cotado a R$ 3,04/kg no atacado da Grande São Paulo, o menor patamar, em termos nominais, em três meses e uma desvalorização de 6,5% em relação ao valor médio praticado no início de maio. Para o congelado, a cotação do dia 2 de junho, de R$ 2,98/kg, foi a mais baixa desde 26 de julho de 2013, de R$ 2,92/kg – o valor corresponde a uma forte queda de 9% na comparação com o dia 2 de maio/14. Nessa quinta-feira, 5, o resfriado foi negociado a R$ 3,05/kg e o congelado, a R$ 3,01/kg.

Mandioca

As precipitações do início da semana passada dificultaram a colheita nas regiões acompanhadas pelo Cepea. Na maioria das praças, fecularias e farinheiras iniciaram o processo de moagem apenas a partir da quarta-feira, 28, devido à dificuldade de arranque e descarregamento de raiz nas empresas após o período chuvoso, o que também influenciou para a lentidão do mercado de derivados. Ao mesmo tempo, capitalizados e considerando os preços atuais muito baixos, agricultores passaram a limitar as entregas da matéria-prima, enquanto alguns já começaram a planejar o plantio da próxima safra, realizando o preparo de solo em algumas áreas. Assim, de acordo com informações do Cepea, houve diminuição do ritmo de moagem na indústria de fécula ao longo da semana, na comparação com a anterior.

Soja

A firme demanda por soja tem sustentado o preço médio do grão no mercado brasileiro, conforme dados do Cepea. Apesar disso, ainda verificam-se pequenas variações distintas entre as regiões acompanhadas pelo Cepea, o que pode sinalizar mudanças de tendências no curto prazo. De 23 a 30 de maio, o Indicador da soja Paranaguá ESALQ/BM&FBovespa, que é baseado em negócios realizados, caiu 0,5%, a R$ 71,41/sc de 60 kg na sexta-feira, 30. Ao ser convertido para dólar (moeda prevista nos contratos futuros da BM&FBovespa), o Indicador foi de US$ 32,27/sc de 60 kg, queda de 1,2% no mesmo período. A média ponderada das regiões paranaenses, refletida no Indicador CEPEA/ESALQ, cedeu 0,46% entre 23 e 30 de maio, indo para R$ 68,48/sc de 60 kg na sexta-feira.

Suínos

O preço da carne suína brasileira exportada voltou a subir em maio, garantindo aumento na receita. Por outro lado, o volume do produto embarcado diminuiu no período, interrompendo o movimento crescente dos três meses anteriores. Esse fator, somado a uma demanda brasileira desaquecida, gerou um excedente de oferta no mercado nacional, mantendo em queda as cotações internas da carne. Em maio, foram exportadas 32,5 mil toneladas de carne suína in natura, redução de 11,5% em relação a abril (36,7 mil toneladas) e de 12,7% sobre maio/13 (37,2 mil toneladas) – dados da Secex. No mercado doméstico, entre 29 de maio e 6 de junho, a carcaça comum suína se desvalorizou 0,3% no atacado da Grande São Paulo, com o quilo do produto a R$ 5,00 nessa quinta-feira, 5. No acumulado de maio, a baixa foi de 3,3%. Para a carcaça especial suína, houve pequena alta de 0,4% nos últimos sete dias, para R$ 5,24/kg nessa quinta – no mês passado, porém, o acumulado foi de queda de 5%.

Trigo

Chuvas nos últimos dias em algumas regiões brasileiras dificultaram o avanço do cultivo de trigo. Segundo informações do CPTEC (Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos), precipitações expressivas foram verificadas em quase todas as praças do Paraná e de Santa Catarina e no noroeste e norte do Rio Grande do Sul. Vale ressaltar, no entanto, que o clima ainda é considerado satisfatório ao desenvolvimento das lavouras. Segundo dados divulgados no final de maio pela Emater, 3% da área do Rio Grande do Sul havia sido cultivada até o dia 29, contra 5% observado há um ano. No Paraná, houve pouco avanço nos últimos dias. Mesmo assim, dados do Deral/Seab indicam que, até final da última semana, 66% da área havia sido cultivada, um dos maiores percentuais em sete anos. Como há sinalização de aumento da produção e de estoques do grão no Brasil, as cotações seguem em queda no mercado brasileiro. Compradores de trigo consultados pelo Cepea só entram no mercado quando realmente precisam da matéria-prima. Isto porque moinhos ainda estão abastecidos com cereal importado.

Fonte:Cepea

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