Agricultura
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Preços do algodão acumulam alta de 26,5% neste início de ano

foto plantacao de algodao

Os preços do algodão acumulam alta de 26,5% neste início de ano, segundo dados do Centro de Estudos Avançado em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

Nesta terça, dia 12, o Indicador Cepea/Esalq, que representa a pluma tipo 41-4, entregue na capital paulista, atingiu R$ 2,0122/libra-peso (0,454 quilos), patamar que não era visto desde junho de 2011, em termos nominais e também reais. Os sucessivos reajustes são fomentados pela demanda doméstica e também para exportação.

Pesquisadores do Cepea explicam que, com a safra 2011/2012 (colhida em 2012) sendo a segunda maior da história, especialmente compradores apostavam que os preços internos baixariam expressivamente, comportamento que, de fato, se confirmou no primeiro semestre do ano passado – antes da colheita, portanto. Em boa parte do segundo semestre de 2012, as cotações oscilaram, mas se mantiveram em tendência de alta, comportamento que se acentuou a partir de dezembro. Os expressivos volumes exportados no segundo semestre de 2012, comentam os pesquisadores, favoreceram a recuperação de preços ao diminuir os estoques internos. De julho de 2012 a fevereiro de 2013, o preço médio de exportação foi US$ 0,9216/lp, segundo informações da Secex, muito acima do praticado no mercado interno, de US$ 0,8067/lp, segundo o Indicador Cepea/Esalq (41-4, posto em SP capital). As cotações no mercado nacional seguem sustentadas pela forte demanda de indústrias que, em geral, buscam pluma de qualidade superior – 31-4 para melhor –, cuja disponibilidade é bem menor que a dos tipos 41-4 ou inferiores. Assim, agentes dessas indústrias acabam aceitando os valores pedidos por produtores, já que muitos estão com baixos estoques e não podem interromper a produção.

Além disso, considerando-se a boa receita obtida em 2012, especialmente com as exportações, e também os bons níveis de preços de soja e milho, produtores parecem não sinalizar necessidade imediata de caixa. Esse posicionamento é endossado ainda pela perspectiva de menor oferta de algodão em 2013, explicam pesquisadores do Cepea.

Fonte: CEPEA

Foto: David J. Phillip

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